Evento da ANDAP e SICAP debate inteligência de mercado e transformação digital na Automec

24/04/2019 por Majô Gonçalves em Andap,Evento,Sicap
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Palestrantes revelam que dados são o principal ativo das empresas e que a velocidade da transformação digital é cada vez maior, criando muitas oportunidades.

 

Andap – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças, e o SICAP – Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo realizaram, no dia 24 de abril, o evento “Inteligência de Mercado e Transformação Digital”, na a 14ª AUTOMEC, maior feira de autopeças, equipamentos e acessórios da América Latina, no São Paulo Expo, na capital paulista. “As transformações digitais devem acontecer devido ao nível do perfil do consumidor. É inadmissível ter demanda de aplicadores e não conseguirmos atender com efetividade as suas necessidades”, afirmou Rodrigo Carneiro, presidente da ANDAP. Alcides José Acerbi Neto, presidente do SICAP, destacou que o momento é muito importante e que os representantes do governo, que estiveram na Automec, estão em linha com o pensamento do setor, como o incentivo à indústria e a simplificação tributária. “Temos um canal para a troca de ideias”, comentou.

Rodrigo Carneiro

Em sua apresentação sobre inteligência de mercado, Marcelo Gabriel, diretor técnico da CINAU – Central de Inteligência Automotiva, ressaltou que, atualmente, tudo tem a ver com a informação e que fatos puros e simples podem se transformar em dados estruturados usando a habilidade e estratégia para atingir objetivos e tomar decisões. “Se você não usa dados dos seus clientes, seu concorrente usa”, alertou. Dados internos como os de logística, produção, vendas e marketing, e externos, como os de pesquisa, associações, governo, analistas e publicações também devem ser utilizados. “Basta processar os dados não estruturados e utilizar business intelligence”, afirmou.

Falou também sobre a frota circulante e a complexidade do mercado automotivo brasileiro, composto por fabricantes, importadores, montadora, varejo importador, atacadistas, concessionária, varejista, retífica, redes, oficinas e frotas. No Brasil, a idade média da frota de 43 milhões de veículos é de 9 anos e 7 meses. Mas, deve aumentar nos próximos anos já que a comercialização de novos tem caído, criando oportunidades na reposição. Setenta por cento da frota é flex e 86% de veículos nacionais. Por isso, é um mercado com fornecedores locais. Os modelos se multiplicaram, em 1990, 84 e, em 2017, 751 modelos, sem contar as variações que saltaram de 329 para 5.695 no período.

Disse que o mercado funciona de baixo para cima. “É a oficina que está mais próxima do proprietário do veículo”, disse. O dono do carro confia no reparador e este exerce influencia sobre o cliente com relação às peças/fornecedores. Citou os atributos dos produtos levados em consideração na hora da compra. Confiança, qualidade, ser peça genuína e garantia estão no topo da lista, enquanto do lado dos fornecedores, disponibilidade, condições comerciais, atendimento e entrega.

Há dois tipos de abordagens – estratégia push, orientada pela oferta, que faz o caminho fabricante/distribuidor/varejista/oficina, e a estratégia pull, orientada pela demanda com trajetória inversa. No primeiro caso, é utilizado o princípio Lean Manufacturing, filosofia que deveria ser utilizada em toda a reposição.

Em sua conclusão, Gabriel comentou que será preciso novo modelo de negócio, com ferramentas que já estão disponíveis e com inteligência de mercado.

Em sua palestra sobre Transformação Digital, Kevin Ardilla, da Yandeh, mostrou que a transformação digital já iniciou faz tempo. Em 1926, havia vídeo chamada, 50 anos depois, comando de voz, e em 2007, smatphone. “Só que agora a velocidade da transformação é muito mais rápida. O que demorava 12 anos, hoje acontece em 3 anos”, disse.

Kevin Ardilla

Revelou números expressivos sobre a internet no Brasil. O País está na segunda posição no ranking dos países com potencial de transformação digital e o setor automotivo na sétima do ranking de maturidade digital por indústria. O Brasil é a quarta maior população online. Sete entre 10 brasileiros estão conectados, 67% da população tem smartphone, usuários gastam em média 9h na internet por dia e sete entre 10 estão em alguma rede social. “Todas as empresas devem ser capazes de se conectarem e satisfazerem seus cientes através de experiências baseadas em softwares”, ressaltou.

Citou diversos dispositivos e meios de comunicação e conectividade que estão surgindo – drones, smart agriculture, IoT, lojas inteligentes, inteligência artificial, machine learning, Omnichannel, blockchain e cloud computing.

Para concluir, Ardilla pontuou algumas das oportunidades que surgem devido aos meios e instrumentos digitais, entre elas, profissionalização com certificação, projetos que promovam a sustentabilidade, estratégias de consolidação logística, preços dinâmicos e tabela oficial, catálogo universas, globalização como estratégia de segmentação, entrega rápida, marketplace e B2B.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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