Seminário da Reposição Automotiva destaca a influência da transformação digital no aftermarket

 

Evento online apresentou como o mercado vem se adaptando à evolução dos canais digitais.

 

27ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, promovida pelo Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), no dia 26 de outubro, via plataforma digital, reuniu diversas personalidades do setor da reposição automotiva, bem como profissionais de distribuidores de autopeças, varejo e oficinas, que conheceram um pouco mais sobre as mudanças que estão ocorrendo no segmento, especialmente ocasionadas pela evolução dos meios digitais, bem como as últimas tendências para o setor. Com a audiência bem expressiva, a transmissão ao vivo do evento contou com 900 participantes. Como o acesso à Expo Day ficará disponível até o dia 03 de novembro, o número total de visitação deverá ultrapassar a marca de 2 mil.

Na abertura oficial do evento, Rodrigo Carneiro, coordenador do Seminário 2021 e Presidente da Andap, destacou o tema abordado “A inteligência da informação a serviço do mercado” e comentou que a data era duplamente especial já que a Andap completa 50 anos de história, de apoio ao setor e de superação às transformações, uma proposta do evento. “Muitas mudanças estão acontecendo e a pandemia trouxe ainda mais inovações com o universo digital”, disse Carneiro, incitando a todos a desbravá-las conjuntamente.

 

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Brasil, ressaltou que o setor deve estar atento às novas oportunidades do mercado com os reflexos da pandemia, como o envelhecimento da frota circulante de veículos.

 

Heber Carvalho, presidente em exercício do Sincopeças-SP, lembrou-se do papel da entidade e de seus 80 anos em prol do desenvolvimento do setor, que culminará com lançamento de um livro neste ano.

 

Alcides Acerbi Neto, presidente do Sicap, falou que o setor de reposição automotiva vem superando os desafios. “Precisamos continuar nos atualizando, pois há oscilações e escassez de matérias-primas, bem como outras variantes exigindo novas formas de atuação”, disse.

 

Elias Mufarej, coordenador do GMA, comentou que apesar de alguns momentos críticos, o setor vem registrando crescimento, suprindo a demanda da frota, mas enfatizou que novos desafios estão chegando, como digitalização, realinhamento comercial e descarbonização.

 

Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, citou também reflexos da pandemia, como a crise de abastecimento de matérias-primas, que afetou o setor de autopeças, a redução da disponibilidade de veículos novos, que estimulou o envelhecimento da frota e a necessidade de manutenção. “O avanço da tecnologia vem trazendo e continuará trazendo novos relacionamentos com consumidores, cada vez mais inteligência artificial nos processos, entre outros”, disse.

 

Estratégia de competição no mercado “figital” – Na opinião do cientista, professor e empreendedor Silvio Meira, a tendência é irreversível – “sociedade, economia, mercados, empresas, startups, pessoas, estados e governos estão numa transição do físico para o físico, habilitado e estendido pelo digital, orquestrados no espaço social, em tempo (quase) real”.

Para a estratégia do negócio “figital”, ressaltou ser fundamental atuar em conjunto nas três dimensões – física, digital e social. “Só há um negócio e ele é figital”, comentou.

Também disse que é preciso reorganizar incentivos, times e processos estratégicos de tomada de decisão para habilitar ampla colaboração, integrando pensamento e execução figital em todo o negócio, bem como investir em talento para estratégia figital – gestão de produtos, serviços e sistemas, entendimento e atendimento ao cliente, design, engenharia e dados.

Destacou a importância não só da agilidade em todos os níveis das decisões às ações, mas também a relevância das pessoas, interações, processo, ferramentas, resoluções de problemas, documentações, colaborações com clientes, negociações de contratos e respostas às mudanças. “Quando a latência das decisões é menos de uma hora, a taxa de sucesso dos projetos é 68%, independente do processo. Já quando o tempo médio passa para cinco horas, a taxa cai para menos de 18%”, alertou.

Ao final da apresentação, falou sobre as três bases para agir em rede: sair de controle para colaboração, criando plataformas abertas; sair de otimização (do seu) para interação (com os outros); e sair de valor para cada um para valor para o ecossistema.

Em seguida, ocorreu o debate com Marcelo Gabriel, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Latin America for Business-LA4B, e Paulo Fabiano, diretor da Rede PitStop.

Como a Reposição Automotiva Internacional enxerga a transformação digital no aftermarket? – Gerson Prado, presidente da Nexus Automotive International, de Genebra, Suíça, falou sobre “Como a reposição automotiva internacional enxerga a transformação digital e qual seu impacto no aftermarket?”. Durante a apresentação, o executivo explicou como o e-commerce de autopeças está crescendo em todo o mundo. Segundo ele, o setor automotivo é o maior negócio dentro do Mercado Livre, que cresceu 2,5 vezes em um ano. Ao analisar os hábitos de compras desses consumidores, é possível perceber que as categorias mais compradas por eles, como acessórios pneus e itens de fácil montagem, são aquelas que não têm muita representatividade nas distribuidoras de autopeças. O aumento da presença de montadoras em plataformas de e-commerce, porém, já sinaliza a urgência do desenvolvimento de soluções de comércio eletrônico pelas empresas da reposição. Catálogos mais organizados e de fácil consulta serão capazes de ampliar ainda mais as vendas de autopeças na internet.

Outra transformação destacada por Gerson é a eletrificação. De acordo com ele, a tecnologia vai chegar mais tarde no Brasil, encarecendo ainda mais os carros e toda cadeia de suprimento. O fim dos motores a combustão também vai interferir no negócio da indústria de autopeças, já que a quantidade de peças dentro dos veículos será bem menor.

A maior conectividade nos carros também exige atenção à cadeia de suprimentos automotivos, sobretudo à reposição. A telemática fornece às montadoras todas as informações sobre o desempenho do automóvel, pedestres e motoristas. O setor precisa se mobilizar para exigir uma legislação que obrigue montadoras a compartilharem essas informações.

 

Tríade para transformação cultura e digital – Segundo Daniel Ely
CTO e vice-presidente executivo das Empresas Randon, o processo foi estrategicamente pensado em dois eixos: inovação incremental, com melhorias ou atualizações feitas nos produtos, serviços, processos ou métodos existentes, e dispruptiva, com solução inovadora superior.

Explicou que os pontos principais na transformação cultural e digital nas Empresas Randon foram: a ressignificação do conceito de inovação, o resgate da essência da liderança e o redesenho da organização. “A inovação é para todos! Não tem nome, sobrenome, área ou departamento”, afirmou Daniel, ressaltando a importância da democratização da inovação.

Sobre os líderes, disse que é preciso ter menos gestores e mais líderes, bem como resgatar os colaboradores de alto potencial que já estão dentro da empresa. “Dois por cento das pessoas de alto potencial impactam em 98% dos resultados”, comentou o executivo, explicando que a transformação digital está mais relacionada aos CPFs do que ao CNPJ. Já sobre o design ou redesenho da organização, disse que é preciso criar nova forma de se organizar, enfatizando ambiente mais colaborativo, menos hierárquico, e operando mais em redes, inclusive com startups que não pertencem ao grupo.

 

Car10: plataforma digital para facilitar manutenção do veículo – Criada em 2014, a Car10, que, hoje, conta com a sócia webmotors, é uma plataforma digital que facilita a experiência de realizar a manutenção, reparação, estética e lavagem do veículo, de forma rápida e segura, usando avançada tecnologia. “É uma forma eficiente de encontrar centros automotivos, oficinas e lojas de serviços em diversas regiões do país”, comentou Fabio Gimenez, CEO da Car10. São mais de 7000 pontos de atendimento.

Entre os diferenciais para o consumidor, destacou a praticidade digital, descontos de até 25%, garantia adicional, ampla rede qualificada e facilidade de pagamento. Já para os clientes das soluções, entre as funcionalidades, citou plataforma de leads, pool de compras de insumos, APP de operação e antecipação de recebíveis, e entre os diferenciais, novos negócios e incremento de receita, exposição digital, ferramentas digitais, economia na compra de insumos e soluções financeiras.

Para ter a oficina ou centro automotivo, explicou que a plataforma é gratuita e que há os custos e taxas diferenciadas para algumas soluções, bem como descontos especiais para associados ao Sindirepa-SP. “A plataforma fortalece o ecossistema, mais clientes, mais soluções e menor custo”, disse.

Ao final da apresentação, ressaltou que há como monetizar a oficina e toda vez que ocorrer qualificação do cliente, há um ganho de R$ 20,00 e que cada utilização do cliente em novo serviço da plataforma também gera rendimento.

 

O Consumidor 4.0 nos serviços automotivos – O consumidor vai usar todas as formas para adquirir produtos e serviços. Segundo Osvaldo Keller, executivo de Tecnologia e Transformação Digital do Grupo DPaschoal, não importa se é digital ou presencial, a empresa tem de atender bem de todas as maneiras. Em vídeo que apresentou durante sua palestra, Keller mostrou a evolução do automóvel para lembrar que quem sempre está atrás do volante e que realmente importa é o consumidor. Por isso, ele destacou que o importante é atender com excelência e resolver os problemas sejam nos canais digitais ou na loja e que a empresa deve seguir os mesmos padrões de comportamento e valores em qualquer modalidade de atendimento. “Quem consome são pessoas e é preciso ter empatia com o cliente”, reforçou.

Além disso, Keller explicou que as redes sociais tornaram os consumidores atuantes e participativos, dando opinião sobre produtos e serviços e que isso tem muita relevância.

Sergio Montagnoli, diretor de vendas e marketing da Nakata, que participou do debate sobre o tema junto com Daniel Leite, diretor comercial automotivo da SKF, acrescentou que o consumidor está mais atuante porque pesquisa e se informa e já chega à oficina com questionamentos. Ele lembrou também que a jornada da venda da peça começa no momento que o reparador detecta o problema no veículo. “Por meio dos canais digitais, a indústria conseguiu se aproximar do consumidor, adaptando todo o conteúdo técnico que antes era disponibilizado apenas para os aplicadores para uma linguagem mais simples, com vídeos de dicas de outros materiais”, comentou.

Daniel Leite afirmou que a diversidade de consumidor e de peças está cada vez maior e a tendência é aumentar, por isso existe a necessidade que haja integração de toda a cadeia produtiva. “Para enfrentar todas essas adversidades, a indústria conta com o seu histórico de experiência de colaboração ao longo de décadas e isso que nos guia para o futuro”, afirmou.

 

E o varejo? Físico, digital ou figital? – Na parte da tarde, Rodrigo César Parisotto, head TI e produtos digitais da MercadoCar, abordou “E o varejo? Físico, digital ou figital?”, contou para os participantes o passo a passo da MercadoCar na digitalização da loja não só com a implantação das tecnologias, mas principalmente na mudança cultural das pessoas. Segundo ele, é preciso olhar para o cliente para oferecer valor de verdade, entregando respostas ágeis e oferecendo experiências positivas tanto no ambiente virtual quanto digital.

Para isso, um banco de dados organizado é muito importante, pois permite a agilidade nas tomadas de decisões e comunicação com quem está na ponta. Por fim, Parisotto, mostrou um filme explicativo de como a MercadoCar acompanha toda a trajetória do cliente garantindo a sua preferência em todas as plataformas de compra – física e/ou digital.

Movimentação do mercado e tendências – Ana Fusco, gerente de inovação da Cielo, falou sobre o tema “Movimentação do mercado e tendências”. Além de apresentar todas as soluções da empresa para os clientes, mostrou de que maneira a pandemia acelerou as mudanças de comportamento. Hoje, o consumidor final tem um poder de decisão e escolha muito maior e ele se aproveita disso – como pagar, onde receber o produto. Hoje, o consumidor é omnichannel. A maneira de se pagar é uma dessas mudanças: maquininha, transferência, Pix. Nesse cenário, não existe uma única alternativa e, por isso, não cabe ao lojista limitar as opções, pois o consumidor é quem vai dizer qual a sua preferência e a tendência.

O evento foi encerrado com a apresentação de um vídeo institucional em homenagem aos 50 anos da Andap.

Os participantes do evento também têm acesso à Expo Day pelo ambiente virtual. Para mais informações, a programação completa e efetuar a inscrição, o interessado deve acessar http://seminarioautomotivo.com.br/. As inscrições são gratuitas.

O seminário, organizado pelo Grupo Photon, é uma realização do Sindipeças, Andap, Sicap, Sincopeças-SP e do Sindirepa Brasil e patrocínio Master Exclusive das empresas DASA – Distribuidora Automotiva, Pellegrino, Roles Autopeças e Rede PitStop; Master, Mobensani Borrachas Automotivas; Premium, Dana, DPK, Kolbenschmidt (KS)/Pierburg, Luk/Ina/Fag e Nakata; e Special, Bosch, CWS Digital, Delphi Technologies, Mahle, MWM, Sabó e Takao.

 

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