Uso de Microrganismos no Tratamento de Esgoto e Efluentes Industriais

20/10/2022 por Solange em Abrafiltros,Evento
Nenhum Comentário

 

Entre os processos mais utilizados está o lodo ativado, recomendado para elevadas cargas orgânicas, elevadas vazões e espaço físico reduzido.

 

Nas Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs), há várias etapas, entre elas, etapa preliminar para remoção de sólidos e óleos/gorduras, bem como inativação de antibióticos; etapa físico-química, flocodecantação e flotação; etapa biológica, com processos aeróbios e anaeróbios e ou anóxicos; e etapa terciária, polimento, onde há ultrafiltração e nanofiltração. “Os processos aeróbios são sistemas de tratamento amplamente usados em estações de tratamento de efluentes industriais e esgotos sanitários, e, entre eles, o mais utilizado é o lodos ativados”, destacou Thiago Ribeiro, Diretor Técnico Comercial na BR Group Ambiental, na palestra “Uso de Microrganismos no Tratamento de Esgoto e Efluentes Industriais: Oportunidades e Desafios”, no dia 6 de outubro, no “Abra Talks”, evento virtual e mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais.

O sistema de lodos ativados, segundo Ribeiro, é recomendado para elevadas cargas orgânicas, elevadas vazões e espaço físico reduzido. Há também possibilidade de tecnologias combinadas, como a MBBR – reator biológico de leito móvel.

 

Durante a apresentação, Ribeiro explicou que, no fluxograma do sistema de lodos ativados, após o tratamento preliminar, o efluente passa pelo tanque de aeração e pelo decantador secundário, onde parte do lodo biológico retorna para o tanque, e parte vai para o descarte passando por adensamento e desidratação até chegar à disposição final. “O retorno do lodo ativado é fundamental para a qualidade do processo”, comentou.

 

Citou diversos tipos de microrganismos presentes no sistema de lodos ativados, bem como suas características. Quando há predominância de ciliados pedunculados e livres, entre as características ressaltou a boa condição de depuração. Já com predominância de flagelados, relatou a deficiência de aeração, má depuração e sobrecarga orgânica.

 

Entre os desafios operacionais a serem superados, destacou alguns como lodo velho, falta de análises e equívocos no descarte; sistema instável e ou sensível ao processo; efluentes com compostos químicos de difícil tratamento e efluentes com elevadas cargas orgânicas. “Mas, um dos principais desafios é o erro de dimensionamento”, complementou.

 

Além dos processos aeróbios, citou os anaeróbios, executados na ausência de oxigênio, em reatores fechados ou em lagoas de tratamento. No entanto, há menos possibilidades operacionais de intervenção quando comparados com os processos aeróbios.

 

Sobre as dificuldades a serem vencidas nas Estações de Tratamento de Efluentes, citou o dimensionamento inadequado; o aumento na produção sem ampliações na ETE; problemas operacionais (sistemas aeróbios com oxigênio dissolvido em concentrações inadequadas, tempo de detenção hidráulica – TDH baixo); sistemas eficientes, porém com odores indesejáveis; efluentes com baixa biodegradabilidade; e compostos tóxicos.

 

Para resolver os problemas, recomendou reestruturações da ETE, investimento em tecnologias de tratamento, tratamento operacional e uso de soluções biotecnológicas, como biorreatores de lodos ativados, lagoas facultativas e de polimento, biodigestores, biorremediadores dentre outros.

 

Ao final, Ribeiro pontuou alguns benefícios das soluções biotecnológicas, entre eles, redução de odores em ETE e vizinhanças, redução do volume de sólidos sedimentados no fundo de lagoas de estabilização e reatores anaeróbios, remoção de escumas e sobrenadantes em excesso de reatores anaeróbios, ajuste na biota em biorreatores de lodos ativados, controle do bulking filamentoso de lodo e aumento das atividades anaeróbias de biodigestores.

 

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “é de extrema relevância o desenvolvimento eficaz e produtivo de novas alternativas que somem e ofereçam cada vez mais condições para o tratamento dos efluentes, sejam quais forem suas origens ou destinação. É fato que apesar dos desafios, possibilidades como essas apresentadas, refletem e impulsionam o setor ao crescimento”.

 

O “Abra Talks” teve início com a palestra “A importância da automatização e automação dos filtros de mangas como ferramenta para minimizar as emissões e custos de manutenção”, com Roberta Travaglini Gonçalvesda Área Sales manager do Grupo Envea no Brasil. Em seguida, foi a vez de Ribeiro e finalizou com a apresentação de Edison da Matta, Associado Honorário da Abrafiltros e membro do Conselho Sindipeças/SP, que abordou a área fiscal e tributária de autopeças.

 

O evento, que conta com o patrocínio do Grupo Supply Service, tem sua última edição de 2022, no dia 10 de novembro, com novos temas.

 

Sobre a Abrafiltros:

Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água, efluentes e reúso, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

 

Mais informações:

Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa

Majô Gonçalves – MTB 24.475

versocomunicacao@uol.com.br

Solange Suzigan

versocomunicacao1@uol.com.br

(11) 4102-2000 / 99905-7008

www.versoassessoriadeimprensa.com.br

https://www.facebook.com/verso.assessoria

 

 

Fotos da Notícia - (Clique para ampliar e fazer Download das fotos)
Clippings para esta notícia

Clientes