Sindirepa-SP alerta para negociação direta entre seguradoras e clientes como forma de obtenção de vantagens econômicas em época da pandemia do coronavírus
Companhias de seguro se aproveitam da situação delicada do momento e oferecem pagamento direto ao consumidor para o conserto dos carros sinistrados de seus clientes, colocando em risco a qualidade das peças aplicadas e os serviços.
A crise instaurada pela pandemia do Covid-19 traz um novo cenário para todas as atividades econômicas diante da situação inesperada. O setor de reparação de veículos, nos Estados de São Paulo Rio Grande do Sul, além da cidade de Teresina-PI, é considerado serviço essencial, ou seja, podem funcionar para que a frota de caminhões, ambulâncias, viaturas de polícia e veículos de entrega delivery possam atender às necessidades da população.
O serviço de funilaria e pintura ou lanternagem, termo usado em algumas regiões do País, é destes reparos que não podem parar. O que se tem notado nas oficinas especializadas credenciadas às companhias de seguro para atenderem os carros sinistrados é um movimento muito atípico, principalmente em serviços de pequena e média monta, segundo pesquisa prévia do Sindirepa Nacional (associação que representa dos sindicatos estaduais das empresas de reparação e veículos). As companhias de seguro têm negociado diretamente com os consumidores e oferecido valores em dinheiro ao reparo, ao invés de encaminhá-los à rede de oficinas credenciadas para que os serviços sejam efetuados da maneira correta e segura, começando por aplicação de peças originais e qualidade dos reparos. “O que percebemos é que as seguradoras fazem esses acordos para levarem vantagem junto aos clientes e também aos parceiros prestadores de serviços que deixam de executarem os serviços. Os valores negociados direto com os segurados são inferiores em mais de 20%, podendo variar de acordo com cada caso, em comparação ao custo do conserto na rede credenciada. Quem ganha com isso são apenas as companhias”, explica Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional.
Fiola explica que esses valores negociados para baixo acabam prejudicando a qualidade das peças a serem aplicadas e do serviço a ser executado. “Não existe mágica, não dá só para um lado levar vantagem. Essa prática pode promover o comércio de peças de origem duvidosa e colocar em risco a segurança do veículo, se for item que compromete partes do carro relacionadas à segurança, como caixa de direção, terminais, rodas, sistemas de freio e suspensão, podendo colocar em risco o bom funcionamento e provocar acidentes de trânsito”, comenta.
O presidente do Sindirepa Nacional faz um alerta aos consumidores, que, apesar de ser uma medida permitida pela lei, a negociação direta traz danos e prejuízos aos segurados que perdem dinheiro e muitas vezes não sabem que podem recusar e exigir que o reparo seja feito pela rede credenciada, o trâmite correto para a operação.
Já as oficinas credenciadas, contabilizam enormes prejuízos com essa política predatória adotada pelas companhias de seguro e ficam fragilizadas com essa imposição que não leva em consideração todo o investimento em equipamentos, materiais, cabines de pintura e capacitação de profissionais.
Segundo dados do IBGE, cerca de cinco empresas seguradoras dividem a maior fatia de market share do mercado nacional contra um número hoje estimado de 13.954 micro e pequenas empresas de reparos com CNAE 4520-0/02.
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