Carros mais conectados, eficientes e híbridos
Novos consumidores e novos modelos de regulação estimularam a implementação de novas tecnologias de conectividade, eficiência e novos sistemas de propulsão.
Nos últimos 5 anos, grandes mudanças impactaram a indústria automotiva. Novas tecnologias foram incorporadas nos veículos, que estão cada vez mais conectados, eficientes e com novos sistemas de propulsão. “Novos consumidores e novos modelos de regulação trouxeram a necessidade de levar mais conectividade, menores índices de emissões e mais segurança aos automóveis”, afirmou Paulo Cardamone, chief strategy officer da Bright Consulting, no dia 18 de junho, no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE. Segundo Cardamone, os fabricantes de veículos estão fazendo novas buscas por hibridização, propulsão e eletrificação. “Estes são os pilares para atender o novo mercado de consumidores”, ressaltou.
Além dos novos consumidores, enfatizou também a importância do poder regulatório na evolução tecnológica nos automóveis desde o Decreto 9.557, de 8 de novembro de 2018, que estabeleceu requisitos obrigatórios para a comercialização de veículos no País, instituiu o Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, bem como o regime tributário de autopeças não produzidas. Trouxe a etiquetagem veicular, targets para eficiência energética, níveis de desempenho estrutural, níveis mínimos de tecnologias assistivas à direção, e, ainda, fomento à indústria 4.0 e aumento da produtividade, ampliação do uso de biocombustíveis e novos sistemas de propulsão, valorização da matriz energética do país, entre outros. “Os veículos evoluirão em 20% até 2022 em eficiência energética para atender a legislação”, comentou.
No Brasil, no momento, os carros que ocupam maior espaço no mercado são os de maior conteúdo, SUV’s e picapes. “Os motoristas querem mais segurança e eficiência”, disse.
Entre os impactos pós-pandemia, destacou que os consumidores, provavelmente, usarão mais o carro e os serviços de mobilidade, que, de acordo com Cardamone, deverão ser remodelados.
Explicou que as empresas de tecnologia estarão cada vez mais dentro da indústria automotiva e haverá grande impacto na digitalização do processo produtivo e também no processo de vendas das concessionárias.
Veículos elétricos e autônomos no Brasil – De acordo com ele, a previsão de participação de veículos elétricos no país é de 2% a 3% em 2030 e serão importados. “Os veículos ficarão mais concentrados em híbridos, que devem chegar a 15% de market share”, comentou. Cardamone disse que a infraestrutura no Brasil é muito precária e não vê investimentos neste momento. Já os autônomos, segundo o executivo, estão bem longe de chegar ao país.
Sobre o mercado de filtros automotivos, o executivo não vislumbra grandes mudanças ou ameaças aos negócios em um futuro razoável, principalmente pelo fato do aftermarket ser parcela considerável na manutenção do segmento.
Para assistir o programa completa, basta acessar o canal da TV Filtros no youtube: www.youtube.com.br/tvfiltros.
Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.
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