Mecanismos de filtração para remoção de Ferro e Manganês da água e efluentes
Filtração à base de ozônio, zeólita, leito granular estão entre as técnicas que podem ser utilizadas para melhor qualidade de águas e efluentes.
O ferro e o manganês estão presentes na água de poços artesianos, de processos, em efluentes industriais e, no caso do ferro, principalmente, em água subterrânea devido à dissolução do ferro pelo gás carbônico da água. “Apesar do ferro não se constituir um tóxico, traz diversos problemas para o uso da água, pois confere gosto e sabor, provoca manchas em roupas e utensílios sanitários e, ainda, desenvolve ferro-bactérias e depósitos em canalizações e de ferro-bactéria”, explicou o engenheiro químico, Henrique Martins Neto, fundador da empresa EQMA Engenharia e Consultoria, na palestra “Aspectos e mecanismos de filtração para remoção de Ferro e Manganês de águas e efluentes”, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, realizado no dia 14 de julho, via plataforma digital. Na água potável, a Portaria do MS Nº 888/2021 limita a concentração de Ferro total em até 0,3 mg/L e de Manganês, 0,1 mg/L.
Entre as técnicas de filtrar Ferro e Manganês, citou a filtração à base de ozônio, método onde a água passa para o tanque com filtro plissado com difusor de ozônio e, eventualmente, há também a desinfecção. Martins comentou também a filtração em leito granular e seus mecanismos. “Na interceptação, a partícula suspensa, quando maior que 1 µm, seguindo o fluxo pode entrar em contato com o grão da mídia em virtude de seu próprio tamanho, caso dos microrganismos, como as bactérias”, comentou. Já o mecanismo da sedimentação ocorre quando a densidade da partícula for maior do que a da água, já que seguirá uma trajetória diferente por causa da influência da gravidade. “Sua trajetória é influenciada pelos efeitos combinados do empuxo na partícula e o arrasto da água sobre a partícula, caso dos metais insolúveis e biomassa”, disse. Na difusão, a partícula em suspensão está sujeita a bombardeio aleatório por moléculas do meio de suspensão, resultando no conhecido movimento browniano, caso de partículas menores que 1 µm, como metais dissolvidos e material coloidal.
Ao final da apresentação, comentou também sobre outros dois mecanismos de filtração em leito granular, com zeólita: a oxidação, remoção de elétrons de um elemento menos eletronegativo para outro mais eletronegativo, e adsorção, acumulação do adsorvato (contaminante) na superfície do material adsorvente.
Após a palestra de Martins, Dr. Helvécio Carvalho de Sena, especialista em gestão de processo de tratamentos por lodos ativados, digestão anaeróbia e lagoas de Tratamento anaeróbias e facultativas, falou sobre o tema “Temos água suficiente? A necessidade de combater as perdas”, e, sem seguida, Marco Antônio Simon, gestor do Programa Descarte Consciente Abrafiltros, que completa 10 anos, falou sobre a evolução do programa e seus desafios.
O evento foi patrocinado pelo Grupo Supply Service, empresa pioneira na decomposição de soluções aquosas de óleo solúvel e reciclagem com mais de 30 anos de mercado, que atende o Programa Descarte Consciente Abrafiltros, responsável pela logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo.
O próximo Abra Talks acontecerá dia 11 de agosto.
Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial, tratamento de água, efluentes e reúso, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.
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