A importância do ensaio de estanqueidade nos filtros automotivos

 

 

Vazamentos em filtros de óleo ou de combustível do veículo podem ocasionar danos ao meio ambiente e graves acidentes.

 

Os filtros do óleo lubrificante e de combustível usados nos veículos do Ciclo Otto e Diesel tem como uma de suas importantes funções auxiliarem na remoção dos contaminantes acumulados nos fluidos e, assim, não prejudicarem o meio ambiente. Por isso, fabricantes de filtros realizam testes para que evitar vazamentos no sistema de filtração já que podem trazer, além dos prejuízos ambientais, graves consequências também ao veículo e à segurança das pessoas. “Um vazamento no filtro de óleo lubrificante pode baixar o nível de fluido e causar danos ao motor por falta de lubrificação, levando até fundição, enquanto no filtro de combustível pode aumentar o consumo, e, em casos extremos, provocar até incêndio no veículo”, ressaltou o Denis Nascimento, vencedor do Prêmio SAE Brasil Jovem Engenheiro, na palestra “A importância do ensaio de estanqueidade nos filtros automotivos”, realizada, no dia 15 de setembro, no Abra Talks, evento mensal e gratuito da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, que conta com patrocínio do Grupo Supply Service.

O engenheiro explicou que, durante o processo fabril, são efetuados testes com intuito de impedir os vazamentos, entre eles, teste de hélio, de bolhas e por queda de pressão. “Um dos mais utilizados na indústria por ser mais simples e acessível é o teste de bolhas, conhecido também como borracheiro ou teste úmido”, afirmou Nascimento, acrescentando: “A peça é submersa em água e é injetado ar-comprimido e, caso haja vazamentos, o ar sairá da peça em forma de bolhas”. Já o teste por queda de pressão é feito automaticamente. A única interferência humana seria na montagem do filtro no equipamento.

 

O teste por queda de pressão é dividido em três etapas: enchimento, estabilização e medição. “No processo de enchimento, a pressão sobe rapidamente dentro da peça a ser medida e da peça padrão, em seguida, passa por um período de estabilização da pressão, e, por fim, ocorre a medição da pressão quando as duas peças são comparadas para o equipamento determinar se o vazamento está dentro do valor permissível ou não”, concluiu.

 

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “a apresentação evidencia os cuidados existentes na fabricação dos filtros automotivos, visando especialmente a segurança de condutores e passageiros, mas sobretudo com um olhar para preservação do meio ambiente”.

 

O Abra Talks teve três momentos. Inicialmente, o Professor Doutor Fábio Campos, Coord. Da CSFETAER – Doutor em Ciências FSP/USP e Responsável pelo Lab. Saneamento – PHA/EPUSP, falou sobre  “Granulometria nos processos de tratamento de esgoto”. Em seguida, o engenheiro e consultor José Alexandre Marques, da JAM Treinamentos, apresentou o tema “Seleção de Filtros de Processo”, e finalizou com o engenheiro Nascimento.

 

O próximo Abra Talks será realizado no dia 6 de outubro.

 

Sobre a Abrafiltros:

Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água, efluentes & reúso, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

 

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