Conarem destaca procedimentos sobre montagem do cabeçote
Existe a ordem correta de soltura dos parafusos do cabeçote
O cabeçote, um dos itens que mais tem volume dentro das retíficas de motores. O engenheiro Roberto Canassa apresenta algumas dicas sobre a montagem e desmontagem do cabeçote.
“Os motores evoluem ao longo do tempo, por isso há diversas diferenças, se comparados com os de 20 anos atrás”, alerta Canassa, exemplificando que, em alguns motores, as montadoras recomendam, na desmontagem, fazer a soltura dos parafusos na ordem inversa, especialmente naqueles que trabalham com junta metálica. Segundo o engenheiro, a soltura do cabeçote deve seguir uma ordem inversa da montagem, os parafusos contam com sequência de soltura, não é aleatória, é inversa do aperto. Outra dica é ao apertar o cabeçote, toda a tensão sai do meio para as pontas. Segundo Canassa, uma soltura irregular ou sem uma sequência provocaria deformação do cabeçote devido à tensão gerada. “A falta desse procedimento pode gerar sérios danos ao cabeçote, por isso é fundamental ter conhecimento das especificações do motor”, adverte.
Medição da Planicidade do Cabeçote – Canassa explica que as montadoras também especificam a forma de medir a planicidade ou empenamento dos cabeçotes. “Pode-se usar uma régua e um calibre de lâminas, usada em seis posições diferentes. A recomendação é usar em X nas laterais e no comprimento”, afirma o engenheiro, ressaltando que não é recomendado utilizar o chamado azul da Prússia para ver se marca ou não, pois pode haver uma tolerância de empenamento, que varia, em alguns motores, de 8 centésimos a 1 décimo de espessura.
Medição das Guias – Canassa sugere medir o cabeçote nas duas laterais, no meio e nas duas pontas. Sempre em seis posições. “Assim, você consegue identificar se o cabeçote está em forma de cunha, cônico, rebaixado transversalmente e analisar se pode ser reaproveitado ou recuperá-lo com a planicidade correta, no caso do usinado”, comenta. No cabeçote novo, estará correto.
Esta dica pode é o tema do nono episódio do videocast “Motores do Brasil”, idealizado pelo Conselho Nacional de Retíficas de Motores (CONAREM), que traz sempre novidades e conteúdo técnico para retificadores. Desta vez, para falar sobre o assunto, José Arnaldo Laguna, presidente do CONAREM, entrevista o engenheiro Roberto Canassa, que apresenta diversas dicas de manutenção, desmistificando o cabeçote.
Durante a entrevista, Laguna também questiona outros assuntos, como o balancim e o toque correto na válvula e teste de perpendicularidade da mola. Para assistir ao episódio completo, basta acessar o link: https://www.youtube.com/watch?v=AZJuCgCGFB0.
O videocast “Motores do Brasil” está disponível no Spotify, Deezer, Castbox, Apple, Google Podcasts, Youtube e no Instagram. Tem o apoio das principais indústrias de componentes, máquinas, equipamentos e produtos para motor, como KS Kolbenschmidt (Motorservice e Pierburg), Mahle, MWM, Riomaq, RIO (Riosulense), Sabó e Takao.
Sobre o CONAREM – Criado em 1998, o CONAREM – Conselho Nacional de Retíficas de Motores, teve início como a primeira câmara especializada do Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. Com a evolução dos trabalhos e a necessidade de representar as empresas de retificas, o CONAREM se tornou uma entidade nacional voltada para atender às necessidades da área de serviços de motor e garantir o desenvolvimento do setor. Órgão de representação nacional, a entidade possui 350 empresas associadas em todo o País, sendo que 150 fazem parte da rede nacional de retíficas.
A entidade, que congrega as principais associações estaduais ARERGS e ARESC e trabalha em parceria com os sindicatos estaduais (Sindirepas de SP/RS/SC/MG/ES/GO/MT/RO/BA/PE/TO), oferece treinamentos específicos para retificadores, palestras técnicas gratuitas para os reparadores de veículos e também possui um banco de dados, normas técnicas e orientações para consulta, além de seu site servir como fonte de informações para o mercado motor.
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