Práticas ao volante que desgastam prematuramente a embreagem e componentes do motor

19/08/2013 por Majô Gonçalves em Manutenção de veículos
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Apoiar o pé no pedal da embreagem para descansar ou deixar acionado durante o semáforo fechado, o motorista aciona parcialmente a embreagem que causa desgaste ao sistema, bem como pode chegar a provocar folgas na parte interna do motor. 

Hábitos ao volante e a falta de manutenção preventiva podem provocar desgastes desnecessários de peças. Isso acontece pela cultura errada ou desconhecimento por parte do motorista em relação aos cuidados para manter o veículo em bom estado de uso. Segundo o engenheiro mecânico e consultor técnico do Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores), Roberto Canassa Júnior, cita alguns exemplos simples que podem ser prejudiciais ao veículo, como não usar “aditivo” no sistema de arrefecimento, colocar óleo lubrificante diferente do recomendado pela montadora ou ainda não efetuar a troca do fluido de freio no período recomendado mo manual do fabricante. “Podemos ainda citar a utilização de incorreta de marchas durante o trajeto e manter o pé apoiado no pedal da embreagem”, acrescenta o engenheiro.

Ele revela que é comum o motorista ficar com pé descansando no pedal de acionamento da embreagem durante o deslocamento do veiculo.  Outro hábito é segurar o veiculo parado em semáforo controlando a embreagem para o carro não arrancar e nem descer de ré. Nas duas situações, Canassa explica que ocorre o acionamento parcial da embreagem. Fazer isso por longos períodos causa danos não só ao conjunto de embreagem, mas também pode comprometer outros componentes, gerando folgas internas do motor.

De acordo com o engenheiro, no caso do motor, o maior dano acontece no conjunto do eixo virabrequim, que, para ter uma vida útil compatível com os demais componentes, depende, entre outros fatores, das folgas axial e radial. ”Com o acionamento incorreto da embreagem, ocorre o comprometimento da folga axial existente entre o eixo virabrequim e a bronzina de mancal flangeada ou a arruela de encosto. Este acionamento provoca o desgaste prematuro destas peças, o conjunto é acionado que, por sua vez, empurra o eixo virabrequim que elimina a folga existente entre a lateral do eixo e a bronzina / arruela de encosto”, revela.

Canassa comenta ainda que, para a correção dos danos causados pelo excesso de folga, em muitos casos, é necessário fazer  a desmontagem do motor.

Como forma preventiva, ele aconselha o proprietário do veiculo a consultar o manual do fabricante para fazer as revisões recomendadas e não deixar o pé repousando no pedal da embreagem.

Saiba mais sobre o Conarem – Criado em 1998, o Conarem – Conselho Nacional de Retíficas de Motores, teve início como a primeira câmara especializada do Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. Com a evolução dos trabalhos e a necessidade de representar as empresas de retificas, o Conarem se tornou uma entidade nacional voltada para atender às necessidades da área de serviços de motor e garantir o desenvolvimento do setor. Órgão de representação nacional, a entidade possui 350 empresas associadas em todo o País, sendo que 150 fazem parte da rede nacional de retíficas.

A entidade, que congrega as principais associações estaduais ARERGS e ARESC e trabalha em parceria com os sindicatos estaduais (Sindirepas de SP/RS/SC/MG/ES/GO/MT/RO/BA/PE), oferece treinamentos específicos para retificadores, palestras técnicas gratuitas para os reparadores de veículos e também possui um banco de dados, normas técnicas e orientações para consulta, além de seu site servir como fonte de informações para o mercado motor.

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