Dicas para a correta limpeza do motor

13/11/2013 por Majô Gonçalves em Conarem
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Com o aumento da vida útil, a manutenção dos motores requer cuidados importantes, como a limpeza dos componentes. Saiba quais os procedimentos corretos para cada peça.   

No decorrer dos anos, a evolução dos motores se tornou também perceptível em relação à sua durabilidade. De alguns anos para cá, os motores tiveram aumento em sua vida útil (em quilômetros) de até 60%. Para tanto, foram necessárias ações relacionadas à introdução de gerenciamento eletrônico, desenvolvimento de componentes periféricos mais eficientes, adequação dos fluidos presentes nos motores, assim como evolução também dos componentes internos.

Para garantir o bom funcionamento deste conjunto, é necessário seguir as recomendações fornecidas pela montadora do veiculo no que diz respeito à manutenção.

Com o aumento da vida útil destes motores, durante sua reparação durante o processo de reparação e montagem do conjunto, são necessários alguns cuidados especiais em relação à limpeza de seus componentes, como por exemplo:

– Componentes eletrônicos: é preciso tomar todo o cuidado com estes componentes instalados por fora do motor, pois são frágeis e não resistem aos agentes químicos presentes no líquido para limpeza. Podem ser danificados e causar problemas que não serão identificados imediatamente, causando perda de tempo e gastos desnecessários.

– Peças de alumínio e peças de ferro devem ser lavadas separadamente, pois o alumínio se “desmancha” quando imerso e por longo tempo, em solventes ácidos. Portanto, utilize produtos diferentes para cada tipo de material.

– Peças com dutos e galerias – podemos citar dois componentes que necessitam de cuidados especiais: eixo virabrequim e bloco. Nos dois existem galerias que, no decorrer de sua vida útil, ocorre a formação de “crostas” devido à contaminação e deterioração do óleo lubrificante ao longo do tempo.

Para a remoção desta “crosta” são necessários alguns cuidados como:

– Respeitar a concentração e tempo de utilização recomendado pelo fabricante do solvente.

– Retirada dos tampões e bujões das galerias para que o liquido penetre e dilua a “crosta “ interna.

– Envaretar as galerias utilizando buchas próprias para a limpeza interna das galerias.

A consequência de não adotar estes cuidados são: a “crosta” existente nas galerias será amolecida e não diluída. Quando o motor começa a funcionar, o óleo lubrificante, ao passar pelas galerias, faz com que as “crostas” se soltem e contaminem o óleo lubrificante. Na sequência do fluxo de óleo, as partículas contaminantes agora presentes no óleo, serão depositadas em componentes fusíveis, como bronzinas de mancal, de biela, buchas e também ficam depositadas na parte superior do motor. Estas partículas que impregnaram estes componentes fusíveis podem causar danos irreversíveis e comprometer sua vida útil e a do motor.

Fonte: Roberto Canassa Júnior, engenheiro mecânico, instrutor e consultor técnico do Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores).

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