Frota circulante cresce e gera demanda futura para a reposição

03/04/2014 por Majô Gonçalves em Evento,GMA
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Em encontro com a imprensa durante a Automec Pesados & Comerciais, entidades destacam  ações, visão de mercado e desafios do setor. Aumento da frota circulante é o fator propulsor que garante o movimento de toda a cadeia da reposição.

Frota circulante de veículos, inspeção de emissões e técnica veicular, renovação de frota foram os principais temas debatidos em encontro de entidades que representam o setor de reposição automotiva (indústria, distribuição, varejo e oficinas), na 4ª edição da Automec Pesados & Comerciais, feira realizada de 1º a 5 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo/SP. A frota circulante de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus ultrapassou 41 milhões de unidades em 2013, alta de 5,7% em relação ao ano anterior, segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Já a idade média total não mudou muito, passando de 8 anos e 7 meses em 2012 para 8 anos e 5 meses. A concentração da frota está no Sudeste e Sul  do País, o que significa que 72 % do total de veículos rodam nos Estados de São Paulo (37%), Minas Gerais (10%), Rio de Janeiro (8%), Paraná (8%) e Rio Grande do Sul (8%).

Frota de comerciais leves e veículos pesados representa 25% do total – O número de comerciais leves e veículos pesados representa 25% do total da frota.  São 1,7 milhão de caminhões, 6 milhões de comerciais leves e 386 mil ônibus. “Os dados mostram que a frota cresceu 5,7% em 2013 e que 56% do total têm até cinco anos”, afirmou Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição e coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva. Ele comentou também que 4% da frota possui mais de 20 anos, o que motiva a implantação de um programa de renovação de frota, especialmente, de caminhões e ônibus, para trazer resultados positivos em relação à segurança no trânsito, acrescentado que as entidades estão trabalhando no projeto sobre o assunto, faltando apenas definir a contribuição da iniciativa privada e do governo. Segundo Mufarej, o Brasil não precisa ser um dos países líderes de acidentes de trânsito, muitas vezes, provocados por falhas mecânicas.

Varejo mais formalizado – No discurso de Francisco de La Tôrre, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (Sincopeças-SP), falou que a renovação da frota e o amento do número de veículos em circulação são fatores que impactam o varejo de autopeças. “O programa de renovação e o crescimento da frota irão gerar negócios para o setor de autopeças”, comentou La Tôrre, lembrando um estudo da Roland Berger, que cita que a frota irá crescer 5% ao ano até 2020.

A formalização do negócio por meio de novas tecnologias da receita federal também provoca mudanças no setor, como melhoria na qualidade de atendimento e gestão, mais treinamento aos colaboradores e aprofundamento do relacionamento com clientes.  “Apesar das ameaças econômicas, estou otimista com o cenário”, afirmou. Na opinião de La Tôrre, o fato da formalização do varejo ser algo inevitável tem gerado interesse de investidores e grupos internacionais. Por todas estas mudanças e entrada do e-commerce, a entidade quer mostrar aos empresários como esse canal pode ser interessante e ajudar a encontrar meios de tornar o  ponto de venda uma experiência agradável de consumo. “Esse é o desafio do varejo”, aponta o presidente do Sincopeças-SP.

Inspeção em prol da segurança- Antonio Fiola, presidente do Sindicato da Indústria da Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo e Sindirepa Nacional, destacou a Oficina Modelo que possibilita mostrar ao frotista o ambiente de reparação na feira. Para Fiola, as novas tecnologias trazem desafios para o setor. Também destacou a importância da inspeção de emissões e técnica veicular. “Além da categoria econômica, defendemos a vida e o ar que respiramos”, ressaltou Fiola.

Distribuição tem expertise em logística – Rodrigo Carneiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (ANDAP), falou sobre algumas características do setor de distribuição brasileiro de autopeças. “O segmento de reparação independente e o aftermarket detém 80% da manutenção de veículos leves e pesados e contamos com 3 mil pontos de distribuição, que garante  ampla cobertura em todo o território nacional e representa  70% da redes  de concessionárias todas as marcas do Brasil. Além disso, temos competência em logística”, afirmou Carneiro. Segundo o vice-presidente da entidade, o distribuidor, frequentemente, tem de fazer entregas três a quatro vezes ao dia. “Somos benchmarking para o mundo”.

Pesquisa apontará perfil do visitante da Automec – Antonio Carlos Bento, conselheiro do Sindipeças, responsável pela área de feiras e eventos, falou sobre as novidades que está implantando na entidade. Quer divulgar informações relevantes para as os fabricantes e distribuidores que participam das feiras e fazer uma pesquisa para identificar melhor o objetivo do visitante na exposição, o Sindipeças, em parceria com outras entidades e empresas, está fazendo uma pesquisa. “Também está intensificando ações do Projeto Comprador, em parceria com a Apex-Brasil, para promover reuniões de negócios. Nesta edição, estão previstas 420 encontros com compradores de diversos países”, revelou.  Rodrigo Rumi, diretor da Reed Alcantara Exhibitions também falou sobre o empenho da organização em qualificar cada vez mais o público visitante, como um das principais metas da empresa.

O projeto Loja Legal, criado pelo GMA, Grupo de Manutenção Automotiva, que visa  combater a pirataria e falsificação de autopeças também está em andamento.

 

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