Fórum da Abrafiltros destaca filtração hidráulica
Fórum da Abrafiltros destaca filtração hidráulica
Veja as vantagens e desvantagens das localizações dos filtros no sistema de filtragem hidráulica.
Os filtros são componentes muito importantes dos circuitos hidráulicos e/ou de lubrificação a óleo e são utilizados nos mais variados segmentos, como mineração, cimento, siderurgia, papel e celulose, plástico, fundição, geração de energia e outros, ou seja, apresenta múltiplas aplicações. “Os filtros hidráulicos podem ser posicionados em diversos pontos do sistema, como nas linhas de sucção, de pressão, de retorno ou ainda em recirculação contínua e também no respiro”, comentou o Eng°. Alex Alencar, da Engefluid, em Fórum de Debate na Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, no dia 21 de novembro, na sede da associação, em Santo André/SP, explicando que, dependendo da posição de instalação, há vantagens e desvantagens.
Eng°. Alex Alencar, da Engefluid, em Fórum de Debate
Na linha de sucção, citou entre os benefícios: filtração de 100% da vazão e proteção à bomba. Entre as desvantagens: risco de cavitação, baixa disponibilidade de delta p e a manutenção exige abrir e manipular o filtro no interior do reservatório. Na linha de pressão, há a possibilidade de utilização da filtração absoluta e tipicamente há alta disponibilidade de “delta p”, no entanto, os sistemas contínuos exigem filtro duplex, carcaças de custo mais elevado, e nos casos em que devem ser usadas carcaças de filtro sem by-pass, é sempre recomendável elementos filtrantes de alta resistência ao colapso e as bombas de vazão variável tendem a limitar a taxa de filtração.
“Pode ser implantando também na linha de retorno, onde também é possível utilizar filtração absoluta. Esta posição protege o óleo que retorna ao reservatório e que será succionado pela a bomba e nesta posição, usualmente a carcaça é de baixo custo. Porém, também exige filtro duplex para sistemas contínuos, representa carga adicional ao sistema, não é indicado para retorno por gravidade e deve ser dimensionado pela vazão induzida”, explicou Alencar.
Na recirculação contínua, entre as vantagens estão: filtração absoluta, totalmente independente do sistema, total disponibilidade de “delta p”, aproveitamento da linha para incluir trocador de calor, permite abastecer filtrando o reservatório, carcaça de baixo custo e conversão em sistemas antigos. Entre as desvantagens, Alencar citou necessidade de mais um motor, espaço e peso. Por fim, ressaltou a importância do respiro, uma vez que este componente é a principal proteção contra agentes externos, retenção de partículas sólidas e em alguns casos, também da umidade, permite filtração absoluta, usa sensores para vácuo e pressão positiva, disponíveis com válvula de retenção para manter o reservatório pressurizado. Os pontos críticos são: a atenção no seu dimensionamento através da máxima vazão de ar, necessidade de também monitorar sua saturação, pois havendo alta restrição, também pode causar cavitação na bomba.
Durante sua apresentação, Alencar também indicou fontes de informação e consulta para identificar e determinar o nível de limpeza para o sistema hidráulico e/ou de lubrificação a óleo. Tal informação, de suma importância para a manutenção, pode ser obtida consultando-se preferencialmente o manual do equipamento, catálogo do fabricante do componente ou ainda a literatura disponível. Comentou que até a década de 1990, a recomendação era utilizar filtros de 25 µm e 10 µm, o que é uma informação muito vaga. A partir da década de 2000, a recomendação passa a ser mais precisa e objetiva estabelecendo o resultado, observando o nível de limpeza conforme normas internacionais conhecidas como a ISO 4406, NAS 1638 ou SAE 4059. Dessa forma, não importa se será utilizado um filtro com um determinado grau de retenção, mas sim o resultado obtido. Também é possível encontrar informações sobre os níveis de limpeza recomendados no próprio catálogo do fabricante.
Falou ainda sobre a literatura disponível. Disse que há manuais de hidráulica, publicações, aplicativos online e recomendações de entidades/associações. Citou alguns exemplos, entre eles, roteiro para determinação no nível de limpeza elaborado pela BFPA – Britsh Fluid Power Association em 1999, no qual através da identificação de 7 critérios associados à somatória de pesos, permite determinar o patamar mais adequado a cada tipo de equipamento. Citou os sete critérios: a faixa de pressão e suas variações no ciclo, sensibilidade dos componentes, expectativa de vida útil do equipamento, custo de reparo/reposição do componente, custo de parada de máquina, segurança/risco de acidente e contaminação no ambiente.
Realizado mensalmente, o Fórum de Debates Abrafiltros aborda as diversas aplicações da filtração industrial. O próximo encontro acontecerá em janeiro de 2020, na sede da associação em Santo André. O tema será divulgado brevemente.
Para participar, os interessados podem enviar um e-mail para eventos@abrafiltros.org.br.
Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.
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