Evento da ANDAP/SICAP na Automec destaca fatores que influenciarão os negócios no Brasil

 

 

Guerra da Ucrânia, ESG, sociedade digital, educação corporativa e a nova geopolítica mundial são questões a serem consideradas na gestão dos negócios.

 

Dois temas são tratados diariamente na Europa e em outros continentes: a guerra na Ucrânia e as questões ambientais, temas que podem afetar diretamente os negócios no Brasil. Esta foi a afirmação do Dr. Giovanni Saavedra, que recém-chegou da Europa, e foi o convidado especial da ANDAP – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças, e do SICAP – Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo, para ministrar a palestra sobre o cenário político, econômico e social em nível global, no dia 26 de abril, durante a Automec 2023. “A guerra da Ucrânia começou de forma localizada, mas, hoje, está redesenhando as fronteiras da geopolítica mundial”, disse Saavedra, explicando que a guerra também está enfraquecendo a globalização; colocando a China e os EUA no centro da nova geopolítica e iniciando uma nova espécie de Guerra Fria; deixando a Europa mais dependente dos EUA; aproximando a Rússia da China, Índia e África e fazendo com que os EUA busquem retomar a liderança na América Latina. “O Brasil vai sofrer cada vez mais pressão para deixar a sua posição de neutralidade”, ressaltou.

Além da guerra, o palestrante destacou o ESG – Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança) e o capitalismo stakeholder; sociedade digital, educação corporativa e a nova geopolítica mundial como principais preocupações, atualmente, na Europa e em outros continentes, temas que também podem influenciar os negócios no País.

“Em 2000, as multinacionais em ascensão atuavam com a responsabilidade social, em 2011, a ONU publicou o “Guiding Principles on Business and Human Rights”, que representou um marco importante no processo de rediscussão do papel do capitalismo, das empresas e da governança corporativa”, comentou Saavedra, citando, em seguida, outros dos documentos e manifestos que ressaltavam questões relacionadas ao ESG, como a carta “The Power of Capitalism”, de Larry Fink, co-fundador da empresa de gestão e investimentos BlackRock. Nela, Fink reforça que o capitalismo stakeholder não é um plataforma ideológica, mas uma mudança de paradigma do capitalismo e na forma de fazer negócios, e que compreende alguns princípios, entre eles, as empresas devem focar nas ações com retorno em longo prazo; o poder do capitalismo está assentado na interação mutualmente benéficas entre gestores, shareholders, consumidores, clientes, fornecedores e demais stakeholders; e as empresas devem agir com propósito.

Durante sua apresentação, Saavedra enfatizou que, dentro da área do meio ambiente, a Amazônia sempre está no centro das discussões nos outros países e a descarbonização é tendência em destaque no Brasil. “Questões do ESG são fundamentais até na hora da venda de um negócio devido aos fundos de investimentos”, disse.

Com relação à sociedade digital, citou o Blockchain. “Na Europa, não há fintechs, o Brasil está na frente. Moedas eletrônicas também chamam atenção por lá. Ponto positivo para o Brasil”, disse Saavedra, acrescentando que há tendência de economia “tokenizada” ou de “tokenização” de ativos para negociação – Metaverso, Pix, Open Banking e Open Finance, e CDBC (Central Bank Digital Currency_– moeda digital emitida por banco central, que países como Brasil, EUA, China e outros estão estudando. “O CDBC afetará exportação e importação”, comentou o palestrante, citando ainda dentro do tema economia tokenizada – a NFT – Non-fungible Token – Tokens não fungíveis); e dentro da sociedade digital, a evolução do E-Games, mercado que faturou, globalmente, em 2022, US$ 196,8 bilhões, e que a consultoria PwC, prevê chegar a US$ 321 bilhões até 2026; e inteligência artificial também evoluidíssima.

Outra área que sofreu mudanças devido aos avanços da sociedade digital foi a educação corporativa, que ganhou universidades corporativas, criadas por empresas ou por setores; gamificação; ensino híbrido e à distância; treinamentos personalizados e direcionados ao desenvolvimento de competências; storytelling.

 

Assuntos da Plenária ANDAP – No mesmo evento, foi realizada a plenária das entidades, onde Rodrigo Carneiro, presidente da ANDAP, e Alcides Acerbi Neto, presidente do SICAP, apresentaram os assuntos: novo MVA das autopeças no Estado de São Paulo, Right to Repair (Movimento pelo Direito de Reparar), atuação nas áreas tributária/fiscal e trabalhista e o momento atual do mercado. “Com a Aliança do Aftermarket Automotivo e o movimento Right to Repair, somamos esforços, buscamos um caminho comum e também compartilhar estratégias entre os países para que a trajetória seja mais rápida para um desfecho favorável ao setor”, explicou Carneiro. Já    Neto destacou: “Nossa aliança, com o Right to Repair, tem foco internacional, aproxima também mais as entidades, bem como fortalece o setor”.

 

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